Caros Industriais,
No âmbito dos esforços realizados pela instituição, realizamos uma reunião do Conselho de Administração ampliado com os Presidentes das Câmaras Setoriais e Regionais com o Ministro do Desenvolvimento Produtivo da Nação, Matías Kulfas. A reunião foi realizada virtualmente e contou com a participação de mais de 70 autoridades de câmaras metalúrgicas de todo o país.
Durante o encontro, o presidente da ADIMRA, Orlando Castellani, destacou a importância de manter um diálogo permanente com as autoridades do Ministério para poder levantar os desafios que permitirão potenciar a produção do sector. Da mesma forma, destacou que, embora a produção registe uma recuperação progressiva, a coordenação é importante para potenciar o crescimento e que se estende a todas as áreas do quadro.metalúrgico. “A indústria metalúrgica é o coração do tecido produtivo de um país e estamos convencidos de que só conseguiremos alcançar um desenvolvimento industrial sustentado e inclusivo se os setores público e privado trabalharem de forma associativa”, disse Castellani durante a abertura.
A seguir, compartilhamos os pontos centrais do encontro:
1) Regime para Fabricantes de Capital: A ADIMRA destacou a importância do regime. No entanto, foram levantadas preocupações sobre os atrasos existentes na cobrança de bónus que impactam a competitividade das empresas. Nesse sentido, o Ministério disse que identificou inconsistências em múltiplas apresentações, mas que trabalhará para acelerar as cobranças. Da mesma forma, anunciou que o instrumento atual, tal como concebido, pode exigir uma mudançae seria altura de pensar numa Lei que esteja até 2030 no quadro de um mecanismo mais automático, que seja auditável, mas que dê previsibilidade às empresas. A ADIMRA concordou com a importância de haver uma Lei, mas paralelamente foi solicitada uma tabela de trabalho específica para o tratamento dos stocks existentes.
2) Compras Públicas: foi destacado o peso que o Estado tem como cliente das empresas metalúrgicas e por isso trabalhar para acelerar os processos de cobrança, bem como repensar o atual esquema de compras públicas para que as aquisições do Estado permitam o fortalecimento da produção local.
3) Comércio Exterior: as exportações metalúrgicas estão quase 40% abaixo do que atingiam há uma década. Neste sentido, foi destacada a importância da revisão do atual regime de direitos de exportação (retenção).outros) e restituições para promover as exportações metalúrgicas. Sobre este ponto, o ministro esclareceu que não há interesse do Governo em atrasar o câmbio e disse que, embora haja questões fiscais a ter em atenção, pode-se pensar em replicar um esquema como o utilizado para o sector automóvel a partir de quais não são pagos direitos de exportação para os incrementais. Da mesma forma, a ADIMRA levantou preocupações sobre as negociações em curso sobre a Tarifa Externa Comum (TEC) e as posições dos outros parceiros do Mercosul, bem como sobre as negociações unilaterais que poderiam ser realizadas por outros parceiros e que teriam um impacto negativo na produção local. O ministro reconheceu que o Brasil apresenta uma posição dura e que há tensão no Mercosul sobre esse assunto devido às propostas que existem para flexibilizar as relações externas.E acrescentou que a visão do Governo é visar uma integração não ingênua.
4) Insumos: foi afirmado que, embora haja um diálogo permanente com os principais fabricantes de insumos básicos, existe preocupação tanto com os aumentos permanentes de custos, como em certos casos com as dificuldades de acesso aos insumos necessários. O ministro descreveu que se trata de um problema global, e que se estabeleça um espaço de diálogo para trabalhar o tema e informá-lo sobre os casos em que há aumentos muito significativos.
5) Questões Setoriais: também foram levantadas questões específicas como a agenda de autopeças, nuclear e energética. Neste ponto, no encontro foi destacado que a Argentina possui uma rede de empresas integradas na cadeia de fornecedores de petróleo e gás, e que o projeto da Lei de HidrocarbonetosPoderia servir para aproveitar os recursos naturais que o país dispõe para aumentar a produção local. Neste sentido, a importância da Lei que seria discutida no Parlamento visa promover o desenvolvimento de toda a cadeia de valor, contemplando as externalidades que geraria para toda a economia. Sobre este ponto, o Ministro do Desenvolvimento Produtivo disse que pretendem incentivar uma maior integração da engenharia, partes e peças no país para investimentos, e limitar as importações que não são necessárias. E afirmou que a versão que hoje se discute não tem nenhum componente usado que possa entrar com tarifa de 0%.